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18 de Abril de 2024

Por eleições limpas, por Flávio Buonaduce Borges

Publicado por OAB - Goiás
há 10 anos

Foto: Leoiran

Flávio Buonaduce Borges

Leia o artigo do coordenador do Movimento Eleições Limpas da OAB-GO e diretor-geral da ESA/OAB-GO, Flávio Buonaduce Borges, publicado na edição desta segunda-feira (1º) do jornal O Popular.

Não há, para os homens, invenção mais funesta que o dinheiro! Ele é que corrompe as cidades, afasta os homens de seus lares, seduz e conturba os espíritos mais virtuosos, e os arrasta à prática das mais vergonhosas ações. A fala descrita é de Creonte, na peça Antígona, ao desconfiar que, ao desobedecer uma ordem sua, alguém teria sido subornado. O texto, do grego Sófocles, é de 400 a.C. mas tem sentido atemporal. Ainda hoje a corrupção é uma das maiores preocupações do cidadão neste período eleitoral.

Uma parte dos políticos utiliza do seu poder e autoridade para obter vantagens e fazer uso do que é público em prol de si mesmo, da família ou de amigos. A Lei da Ficha Limpa, de iniciativa de mais de 1,3 milhão de brasileiros, nasceu com o intuito de sanar essas irregularidades. Este ano será aplicada pela primeira vez em eleições gerais. E, de novo, a Seccional Goiana da Ordem dos Advogados do Brasil estará ao lado do cidadão na defesa da probidade e da aplicação da Lei, coordenando o Movimento Eleições Limpas, com a distribuição de cartilhas aos eleitores com explicações sobre atitudes ilícitas e o que fazer para denunciá-las. Pelo telefone 0800-642-2210 e pelo site www.eleicoeslimpas.com.br, o eleitor poderá comunicar condutas supostamente ilícitas de candidatos que, para alcançar o poder, ignoram a lei.

Se alguém já começa seguindo à margem da lei, com atitudes desonestas e ignorando a verdadeira finalidade do Estado, imagine o que poderia fazer com o que é público? A verba pública, quando empregada com motivação fútil e imoral, sem levar em conta o interesse da sociedade, expõe a flagrante desproporção entre o que foi aplicado e a ausência do benefício que deveria ter chegado até o povo.

O cidadão tem que ter a ciência de que o gestor administrativo não é dono dos bens que administra e que, mesmo passadas as eleições, é essencial acompanhar se o político eleito está praticando atos administrativos com motivação válida e real, beneficiando a população. Se o contrário acontecer, o gestor público terá que responder por aquilo que praticou.

O cidadão anseia pela moralização da política brasileira, para que não haja mais engodo do eleitorado, manipulações e falsas promessas. O eleitor deve ter a consciência de que é o ator principal nesta história. Depende do voto dele uma real mudança nos quadros políticos brasileiros. Quem se vende por um cargo público, por litros de gasolina ou outras benesses, acaba sustentando um sistema já desgastado e que desvia a finalidade do Estado: o bem comum.

A democracia representativa demanda representação ética. Se não for ética, não é legítima, ou seja, não segue valores, como a moral e a liberdade. O voto é um diploma legal e deve ser usado em benefício público.

Leia também: OAB-GO reforça movimento Eleições Limpas com campanha para internet Sabatina: Fala, candidato começa na próxima quarta-feira (03)

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